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CAÇA E CONSERVAÇÃO


CAÇA sempre existiu e desde que apareceu o “Homo Sapiente”, diz-se que se extinguirá, será assim?
Acreditando naquilo que os pioneiros caçadores brancos de África nos escreveram, ela já deveria ter acabado e contudo cada vez há mais caça e caçadores a um tal nível, inconcebível para essa geração dos caçadores do século passado.
Eu hoje, como eles ontem, reconheço que vivemos outra crise no que respeita a conservação, mas esta tem mais que ver com o trespasse do dever da difícil tarefa da conservação, do que, por caçarmos mais que ontem.
O que até há muito pouco tempo era naturalmente regulado e conservado pelo caçador, por sabermos que caçar selecionando é conservar, hoje está nas mãos de políticos peseudo cientistas e que para isso destruíram estruturas hierárquicas e tradições da caça, para assim se apoderarem do que eles julgam ser um bom negócio, a Conservação… que na verdade tem mostrado que sim, é bom negócio… nem que só fosse, como uma boa via de branquear dinheiro suspeito.
Formados num pare de anos em ciências ecológicas, biológicas, naturalistas, ambientalistas, etc., etc., apresentam-nos estatísticas manipuladas, como todas elas são em geral, ameaçando-nos com um futuro de medo, com águas envenenadas, ar irrespirável, terra estéril, buracos do ozono, etc. … E então começa o negócio! As faturas da conservação, feita por eles, também são de medo e só podem ser realizadas através de subsídios governamentais e doações, que a meu ver são despropositadas e injustas, nestes tempos em que se despedem milhares de empregados de qualquer que seja o negócio, que deixe de ser temporariamente rentável.
Só nos resta perguntar se com todo esse dinheiro fazem mesmo alguma coisa pelo Planeta e eu diria que muitíssimo menos do que nos querem fazer acreditar, pois como diz o ditado do povo que é sábio, …o inferno está cheio de boas intenções.
Hipocritamente, quando organizam essas convenções internacionais, para regularem o comércio das supostas espécies em vias de extinção (CITES) ou de habitats maltratados, o que ao princípio foi criado com a melhor das intenções, parece agora, que todas essas aparatosas convenções são preparadas como se dum campo de batalhas se tratasse, onde se disputam dois tipos de razões incompatíveis: a dos que ainda exercem tais mercados (caça, pesca, madeiras, etc.), que equivocadamente estão nelas apenas como convidados indesejáveis e portanto sem voto e a dos que querem que se acabe com todo esse comércio, ou melhor, que se lhes trespassem (políticos e oportunistas com costelas de cientistas).
Como na verdade nem são bons políticos, nem bons cientistas e reconhecem-no, transformam tais convenções em mercados de votos, criando assim, mais um desses novos produtos de 3 em 1: interesses económicos políticos científicos…
Alguns países em nome da ciência, normalmente os dadores, tentam obrigar outros a erradicar com o comércio dalguma coisa, mas como cientificamente discordam totalmente uns dos outros, tudo se acaba por resolver democraticamente num comércio de votos. Por exemplo: algum País pede a outro que vote a seu favor para poder continuar a caçar baleias e obviamente este devolver-lhe-á o voto, para quem lhe deu tal voto, poder também continuar a caçar elefantes e assim e entre umas boas jantaradas, quer seja no Rio de Janeiro, em Tokyo, Bangkok, etc. …cidades de incrível biodiversidade humana e de ecossistemas perfeitamente a cimentados, voltam todos aos seus respetivos países mais ou menos satisfeitos, por terem tentado ajudar o ignorante do vizinho a salvar a sua parte do Planeta, por mais um ano.
Tomando em consideração os animais que eles classificam extintos ou em vias de extinção, quando para atacarem a caça, notamos que os listados como extintos, foram extintos há séculos atrás por milicianos marinheiros enquanto desvendavam o Planeta e não por os caçadores, que eles tanto gostam de culpar e erradicar como primeira medida de conservação….e os em vias de extinção como os Elefantes e Leopardos (no caso de África), nas primeiras linhas das suas longas listas, são efetivamente os que menos necessitam da sua proteção, quer porque se encontram entre as espécies de maior população em África, quer por serem sobreviventes natos e super adaptados.

Os Elefantes perfazem a maior população de entre todas as espécies de animais de África

Mentiras políticas e científicas usadas por interesses económicos obscuros.
Mesmo sendo um leigo em temas de Baleias, posso concluir que cada vez são mais fáceis de se as ver e quando ouvimos nas notícias que um grupo delas morreu ou está para morrer encalhadas em alguma praia, noto uma coisa comum em todas essas notícias; é que só acontece com adultas. Não estarão elas a suicidarem-se por falta de plantam para tantas que há?
Outros animais das suas listas são proibidos pelo simples facto de não os conhecerem tão bem como desejariam, quer pelos seus difíceis hábitos noturnos, ou por falta de acesso aos seus habitats, etc. …essa gente não é para confiar, pois são gente que vive de políticas de medo e quer que vivamos amargurados a pensar num futuro catastrófico.
Até hoje, a conservação da caça foi exercida pelo indígena caçador e outros poucos elementos, como por exemplo em África, a mosca tsé-tsé.
Agora aparecem esses hipotéticos cientistas e tentam acabar com caçadores, moscas e tudo mais que não seja controlado pelos seus rádios colares ou satélites.
Este já é meu; Ofereci-lhe um colar com GPS
Põem colares nos animais, argolas nas patas, cortam-lhes os cornos, fazem-lhes furos nas orelhas, pintam-nos e aparafusam-lhes no pêlo emissoras e suas respetivas antenas, vale tudo em nome da ciência da conservação, já sem mencionar todo o tipo de aberrações que os animais têm de suportar, quando são levados para os seus laboratórios, ou jardins paraísos.
É de bom caçador, ter como regra ao chegar a uma área que não conhece, perguntar ao indígena como se caça nessa área, antes de começar ele a explicar como o vai fazer. Pois bem, essa gente, os cientistas ecologistas, como regra, faltam a essa regra.
Quando chegam a qualquer lado, querem todos daí para fora porque como mínimo pensam ou querem pensar que dominam a verdade e o que obviamente mostram é que querem o negócio todo.
Atuam como se nunca tivessem ouvido dizer que ser caçador tenha sido uma das primeiras profissões do Mundo, que por suas consequências naturais de conservacionista foi quem trouxe a fauna até aos dias de hoje, através da sua prática sã e mais ou menos bem gerida, durante todos esses milhares de anos que nos conhecemos como Homem. A grande quantidade de Caça que ainda hoje se pratica por todos os lados do Planeta, depois de tantos milhares de anos passados, mostra de facto, que duma maneira ou doutra, todos os povos do Mundo, a souberam preservar e está de boa saúde, muito obrigado!
Outra dessa gente, é raramente terem algum plano para proteger e multiplicar os animais em crise, nos seus próprios habitats.
Frequentemente chegam com equipas de captura, pertencentes a eles mesmos ou seus grandes amigos e o plano é capturarem tudo que podem para os transladarem aos seus jardins, (quintas vedadas de caça) ignorando, que se o indígena que vive na área desses animais, entender que a fauna à sua volta não lhe serve para nada, então sim, extinguir-se-á tais espécies que eles reclamam quererem salvar e tudo o que eles realmente lhes fazem é domesticar.
Encantam-se com eles mesmos, quando conseguem fazer elefantes tocarem sinos num zoo a câmbio de dinheiro, ou comerem bananas desde a mão de uma velhinha e nos safaris de Parques modernos, organizados por tais eminências, montá-los como se fossem cavalos.
Trabalho de grupo; São realmente inteligentes!
Baleias, Orcas e Golfinhos a fazerem piruetas nas piscinas, macacos gracinhas nas jaulas, papagaios a imitarem-nos, etc., etc. … Tudo vale para divertirem todos aqueles que lhes pagam por não terem tempo nem vontade de ver os animais no seu próprio habitat, o verdadeiro Belo e Selvagem!
Uma quinta de caça vedada, é para mim como um jardim zoológico mais aceitável do que os convencionais, mas não devem de ser considerados como medidas primordiais de conservação como ironicamente o são por ignorantes, ou egoístas oportunistas.
A verdadeira conservação deve ser feita no próprio habitat elegido pelo próprio animal, gostemos ou não de como isto nos soa nos ouvidos ou nos bolsos, pois se assim for, ele (habitat) é á priora viável a tudo ou quase tudo que o animal necessita para se desenvolver, pois eles são mais sábios do que imaginamos.
Deixemo-nos de tratá-los como criaturas inferiores só porque não se comunicam nos nossos parâmetros.
Qualquer espécie existente, só existe por ter conseguido até hoje adaptar-se a todas as calamidades da história do planeta e alguns deles estão por cá há muito mais anos que o homem, que com a sua imbecilidade e prepotências, parece-me ser o maior problema da conservação do próprio Planeta.

Recentemente fiquei chocado e decepcionado com alguém que eu mesmo o considerava um amigo dos animais e caçadores, declarar publicamente que “o caçador mais tonto do mundo é mais listo que qualquer animal”. Não esperava ouvir tão absurda declaração de alguém que eu sei, ser uma das eminências da literatura moderna espanhola, que com tal declaração faz-me conhecer duas coisas mais sobre ele;                                                                             
Tem mais pena que amor aos animais e saberá muito menos sobre eles do que aquilo que eu e muitas outras pessoas pensávamos.
Eu daria uma lista de dezenas de espécies de animais africanos e pediria ao caçador mais listo do mundo e não o mais tonto, que a solo, o tentasse caçar e assim comprovaria, que o que esse senhor deveria ter dito era que “um grupo de caçadores dos mais tontos do mundo, alguma vez serão mais lestos que qualquer animal”.
Nunca conseguiremos praticar uma boa conservação, enquanto nós caçadores e amigos dos animais pensarmos como esse senhor.
Com dados equivocados nem os nossos computadores nos darão soluções acertadas.
Será alma ou inteligência?
Será tão difícil para alguns concluir que os animais pensam, porque resolvem problemas?
Que também têm alma, porque às vezes se mostram alegres, outras vezes tristes, nervosos, com medo, curiosos, etc.
Que têm memoria e por isso criam hábitos e ao contrário do homem não tropeçam duas vezes na mesma pedra? Que depois de ensinados pelas suas mães, sabem quase tudo sobre o que devem fazer ou evitar para conservar a sua espécie? Que um pássaro cada vez que faz outro ninho, aperfeiçoa-se?
Até aprendermos coisas dessas sobre os animais, será difícil aprendermos a conservar.
Mas também há coisas a aprender sobre os homens…os Senhores da Conservação!?
Penso, hoje por hoje, que para continuar-se a conservar os animais, temos que aprender mais sobre os homens, que dos animais.
No princípio deste capítulo, disse que os animais já passaram várias outras calamidades, e que durante todas as que conhecemos, disse-se que a Caça estava em agonia e já lá vão séculos! Mas também concordava, que o bem-estar dos animais, volta a estar em crise e que desta vez, em nome da Conservação.
Um grupo de gente que quer ser aplaudida e também remunerada claro, como salvadores do Planeta, que na realidade só necessita de ser salvo desse tipo de salvadores. Gente que resume a Humanidade em três tipos de gente; Eles, os furtivos e os ignorantes, a quem tentam convencer, que é melhor ser como os Chimpanzés, que furtivo… assim de confuso! E só assim, conseguem fazer que os ignorantes lhes paguem as viagens todas, que requerem a salvação planetária.
Mas de facto a Humanidade é mais complexa e até no seu grupo denominado “Furtivo” há de várias espécies e nem todas são tão ruins como eles vos pintam.
No Sudão que conheci, esta gente podia caçar quando e o que quisessem e ainda assim ser um dos paraísos de Caça em África
Falando de furtivos no verdadeiro significado da palavra, só afirmo que sempre os houve e agora (depois da colonização e descolonização de África) proliferam.
Desde aquele que sempre furtou para alimentar a família, passando por aquele que furtiva por desporto, ao que apareceu para comercializar certos produtos, há para todos os gostos e medos e em grande parte isso foi provocado durante os governos Coloniais, quando desapropriaram o que antes estaria melhor controlado por Reis e Chefes das tribos, que exerciam os seus deveres.
Quando os colonialistas depois de se apoderarem dos países aonde chegavam, proibiram também os grandes Chefes e Reis de caçarem à sua maneira, com arcos, flechas e lanças, baixo pretenda de métodos brutais e só com armas de fogo autorizadas por ele (colonialista) a coisa seria humanamente aceitável e tendo em conta o importante que sempre foi a caça para o Homem como raça, conseguiram de um só golpe tornar todas essas tribos em furtivos.
Desde então se vem tentando todo o tipo de combate ao furtivo e como é óbvio, sem resultados positivos.
Quase se poderá dizer, quanto maior for a caravana de furtivos, maior será o Chefe que está por detrás.
Agora que já se reconheceu tais erros, começam a aparecer certos programas de conservação baseados na distribuição da riqueza criada pela caça entre todos os sócios dela e assim se consiga realmente reduzir certos e importantes tipos de furtivos. Isto claro, se não vierem os “verdes” e queiram também só para eles, o que até agora se roubou ao indígena e se tenta devolver-lhe.

Deve-se entender também que a Caça sempre existiu e terá de continuar a existir para se conservar.
Foi algo que herdamos dos nossos Avós e temos o solene dever de entregá-la aos nossos Netos, se formos civilizados.
Sendo civilizados, como podemos negar algo que sempre foi comum a todas as Raças? Onde ricos e pobres se tornam tão iguais durante o tempo que caçam juntos. Talvez a única situação em que se verá um Rei sentado no chão, a rir e charruar com o pobre da aldeia, que o levou a caminhar, subir montanhas, penetrar num pântano, etc. …por outras palavras, o levou a Caçar!
Esq./Drta: 1Mundari, 1 Americano, 4 Azandes e o Português que tirou a fotografia; Só na Caça!
Até tais organizações dos “verdes”, que proliferam e cada vez mais influenciam negativamente contra a caça as opiniões de massas ignorantes, se unirem e colaborarem com o caçador, em vez de tentarem erradicá-lo como sua primeira medida de conservação, a fauna continuará pagando por isso e muitas mais espécies de animais se juntarão á lista dos de baixos índices de população aceitável.
Conservação é um dever de todos porque estamos interligados e mais que nunca nenhum só grupo por separado consegue balançar tudo o que envolve uma boa conservação das espécies e habitats.
Os ataques sistemáticos contra a caça e caçadores é um absurdo e só pode ser entendido por um egoísmo e inveja desmedida contra quem desde sempre e até hoje, conservou sem ter de mendigar essas massas de dinheiro que eles gastam a conservar e nem assim saiam da mediocridade.
A história da sobrevivência humana conta-nos que necessitámos primeiro da Caça que da Agricultura, quer como subsistência ou como proteção dos aldeamentos, coisa que ainda hoje se pode sentir e comprovar em muitas aldeias remotas por toda a África.
Depois a Caça e já há muitos séculos, tornou-se um nobre desporto tradicional das elites de todos os Povos, provavelmente como treino real de preparação para as guerras eventuais, que todos os povos a seu tempo sofreram.
Ainda hoje é ornamento essencial como símbolo de virilidade durante cerimónias de maturidade em certas tribos ou, até mesmo na coroação de Reis ou reconhecimento da autoridade delegada a gran-chefes; motivo igual ao que me refiro noutro capítulo destes escritos, quando para a ornamentação da cerimónia de coroação do novo “Litunga” (Rei) da gente Lozi do Barotzeland, um grupo de guardas de caça governamentais intitulados com uma licença de caça especial autorizada pelo Ministério de Turismo da Zâmbia, me pediram para caçar um leão, dois Leopardos, dois Elands e três Reedbuck para tal cerimónia.
Algures no tempo, a caça que antes só era praticada por Reis, nobres e os gran-chefes, ainda que tenha sido permitida a todos por lei, ainda não é para todos, mas agora só por motivos económicos e é aqui aonde penso que reside o problema desses “Verdes”.
Sempre se invejou quem pôde e pode caçar porque há certa gente com costelas de comunista lunático, que não aceita que há coisas que não podem ser para todos e neste caso mesmo havendo mais caça que ontem, como já foi dito anteriormente, ainda não chega para todos, como em qualquer outra coisa em que a demanda é superior à oferta, tal coisa torna-se cara.
Podiam ter-se virado para a Formula 1, Copa da América, o golfo, etc.

Virando-se para a Caça, tentam acabar com nada mais nem menos, que uma das mais enraizadas tradições da Raça Humana, que como tal deveria ser falada, tratada ou praticada com o mais alto respeito, pois é sem dúvida uma das mais comuns das tradições entre as raças, praticada até aos nossos dias e com tanta diversidade e modos de caçar, já é um facto que todos (Países e Gentes) souberam tão bem preserva-la e adaptá-la aos tempos.
Não será agora com tudo que sabemos sobre a Caça, que nos faltará imaginação e jeito para a adaptar uma vez mais e ao que for.
Renegá-la é perder parte do que sempre fomos; predadores e não podemos fugir muito a isso.

Temos plenos direitos de a praticar e o solene dever de a entregar a quem vier.
Caçar selecionando é conservar por excelência, não só por ser a maneira mais eficaz, mas também a mais económica de Conservação.
A Fauna foi com certeza a maior obra que Deus criou e conhecê-la através da caça é DIVINO.
Caçar é saudável. É prática natural de auto controle e aperfeiçoamento do nosso carácter; aprende-se a conviver com os diferentes e com eles a aprender e ensinar-lhes sobre os animais, a flora, as águas e a Terra.
Aprende-se a estar consigo mesmo e tantas outras coisas que parecem insignificantes, mas que no final nos ensinam a amar, apreciar, respeitar e conhecer o que nos rodeia.
É sempre tão diferente, que mesmo já caçando-se há milhares de anos, Ela (a Caça) sempre nos surpreenderá.

Também é super desporto, mas não reconhece campeões. Não são sempre os melhores caçadores que sustentam os recordes na/ ou da Caça.
Não há palavras para descrever o que alguém pode chegar a sentir, quando através dela se encontra num sítio remoto ao que chamamos civilização e pode caçar.
Esquece-se das datas e dias, por se conseguir colocar em frequências tão ajeitadas ao nosso “Génese”.
Consegue-se fazer parar o mundo e só ser importante caçar o que foi proposto, desfrutar ao fim do dia dum bom duche para se livrar das comichões, um bom jantar, a fogueira e dormir bem para estar são e forte para a próxima caçada.
Assim é de simples, como passam catorze ou vinte e um dias de caça sem se dar conta do tempo. Como Magia!
Talvez um dia se faça um referendam a nível internacional para se decidir se domesticaremos ou não todos os animais, mas só haverá animais selvagens se também houver caça.
Caça, como dizia o Conde de Yebe; “é o que um animal qualquer faz para capturar vivo ou morto, outro animal de espécie distinta e só será justa se ambos (predador e presa) disputarem as suas diferentes capacidades em liberdade. 
Em ranchos de animais selvagens não se caça nem os conservam, pois não passam de grandes jardins e por nada esses animais deveriam ser como exemplos das espécies iguais que vivem em liberdade, tal como esses novos rancheiros (também verdes) nos querem fazer crer.
Não nos enganemos; haverá diferenças tão enormes de carácter entre os animais de um Parque e de um rancho em relação com os animais que vivem em áreas livres, que é como falarmos de espécies distintas, contudo são nos ranchos que normalmente se filma para nos explicar como são as maravilhosas Chitas, os Rinocerontes ou Elefantes.
Mostram-nos filmes dessas Chitas como se das selvagens do deserto do Kalahari se tratassem, mas que não são mais do que aquelas que já semi domesticadas fornicam em frente das suas câmaras e veem curtir a sombra do Land Rover desses pezudos ecologistas, durante as horas de maior calor do dia, manipulando assim quem compra tais vídeo cassetes, pensando que adquiriu parte de uma enciclopédia rara sobre a vida desses belos predadores.
Outros editam livros tipo álbum de fotos, por sinal com fotos excelentes, que só pecam, porque não são livros mudos sem comentários.
São criados e comentados por fotógrafos também com costelas de lunático, que passam a vida de Parque em Parque a sacar fotografias aos animais, para depois nos vomitarem, cobrando claro, tudo sobre o simpático carácter de tais animais, como o Elefante, o Rino, a Chita, o Leopardo, a Hiena, etc., que estão muito de moda!
Esses livros e vídeos acabam por ser sempre verdades manipuladas para lavar cérebros das massas ignorantes, pois os animais desses Parques, normalmente de cinco estrelas, não têm quase nada que ver com os que vivem em liberdade absoluta, pois são animais já manipulados pelo homem desde há dezenas de anos, através de vedações elétricas, bebedores artificiais e salinas com todos os tipos de vitaminas e minerais, que os tornam nos animais mais guapos do planeta, como se podem apreciar pelas fotos que compõem essas obras.
Praticam nos nossos narizes jogos de Deus, criando paraísos para esses bichinhos, que apesar da má fama de que alguns deles gozam como sendo ferozes, acabam por ser fotografados (…e ver para crer) a comer da mão de qualquer velhinha, que tenha uns dólares a mais para visitar tais paraísos.
Este tem serviço de camareiro com bandeija
Num desses livros, “Africa Elephants- A Celebration of Majesty”, li que quando há uma super população de elefantes e assim acabam por destruir florestas inteiras, a coisa não é tão má como a pintam, pois assim criam novos espaços para certas espécies de animais, como Impalas, Gnus e Zebras, que antes não podiam aí viver por ser floresta, como se a savana que há por África não bastasse e esquecendo-se por motivos que só esses cientistas poderiam explicar, sobre a catástrofe que acontece às outras espécies que aí viviam por serem espécies totalmente adaptadas às florestas e que perdem o seu habitat, já sem mencionar todo o ecossistema da própria floresta que é destruída pelos simpáticos elefantes.
O que concluí com tal ensinamento foi, que se destruíssemos as nossas cidades a coisa podia não ser tão catastrófica, pois com certeza algumas outras espécies de animais as habitariam, nem que fossem só ratos e baratas, que também têm direito à vida.
Com toda esta idiotice, resta-nos perguntar se há elefantes a menos ou a mais?
Eu só me atrevo a dizer que há mais elefantes do que qualquer outra espécie de animal em África, ou até de alguns homens de certas tribos do mesmo Continente, mas sobre isso parece não haver negócio.
A essa mesma pergunta, os amigos ecologistas desse fotógrafo ofereceram-lhe um mapa estatística que lhe embeleza uma das páginas desse álbum de fotos raras, sobre a população atual de elefantes, calculada cientificamente entre 1979 e a edição do seu livro, que ultrapassa a idiotice para se tornar em arrogância científica, chegando a dar números para países como Angola e Moçambique que pressupostamente não puderam ser sobrevoados para tais contagens aéreas mencionadas, por se encontrarem nessa altura em estado de guerras civis, ou o Zaire, que por estar coberto pela segunda maior floresta do Planeta, eles teriam de se explicar melhor de como o conseguiram avaliar.
Por outro lado, ignoram outros Países que são verdadeiros paraísos desses paquidermes, como o Sudão e a Republica Central Africana, talvez por não haver disponíveis nem hotéis nem Parques de cinco estrelas, mas contudo os números saiam-lhes redondos como se de toda África se tratasse.
Desfolhando a mesma obra, nota-se que o autor se encontrou com um elefante adulto sem colmilhos por natureza e diz-nos que pensa que se trata duma mutação controlada da genética, pelo próprio elefante, como se de uma reação contra as grandes matanças que estes sofrem, por lhes crescer pontas de marfim no maxilar superior, as quais despertam a cobiça humana, ignorando ou querendo ignorar, que pelo menos em África, os elefantes também são mortos para carne.
Talvez vivendo tanto tempo como nos conta em hotéis e Parques Nacionais de cinco estrelas, não se inteira da fome e miséria que acossa os povos do Continente.
Se esse autor e a sua senhora tivessem estado em Moçambique como nos faz crer com o mapa estatística que publica, podiam ter aprendido com o indígena caçador e não necessariamente de outros ecologistas, que em Moçambique e desde os tempos dos nossos avós, existe esse tipo de elefante sem colmilhos, ao qual o indígena lhe chama “Marire” e por conseguinte são de carácter mais agressivo, porque cada vez que necessitam de algo que só com os colmilhos o conseguem, têm de se pelejar com outros que tenham já feito tal trabalho, quer seja extrair do solo uma raiz apetitosa, quer seja uma casca de árvore que lhe cure uma diarreia, etc.
Eu conheço este tipo de elefante desde que era uma criança, assim como leões que nunca terão melenas; o “Missongo”.
Veremos se um dia algum ecologista nos conta que também esse tipo de leão está geneticamente autotransformado por saber que gostamos deles com grandes melenas.
Esta gente não imagina quanto se poupava em energia e papel, não digo dinheiro porque isso não querem eles poupar, se por vezes investigassem a natureza através do indígena, em vez de o fazerem apenas entre eles, esses cientistas que não conseguem sequer curar uma constipação.
Nunca lhes interessa saber como, quem ou aonde começou qualquer que seja o foco de crise com que a fauna se confronte, pois parece que só têm uma meta a atingir em temas de conservação; acabar com o caçador e apoderar-se do negócio, talvez por já serem tantos, que já não lhes basta os Parques e Reservas de caça, que por sinal em alguns casos estão mais deplorados que as áreas de caça.
Para eles é como só existisse um tipo de caçador; o furtivo e por isso em geral, qualquer que seja o programa de conservação que reclamam ter de ser implementado durante qualquer crise, é tentar proibir imediatamente quem caça legalmente.
Com esta atitude não só criam em vários casos mais espaços aos furtivos, que eles a sós não conseguirão controlar, como também forçarão a criação de outro tipo de profissional de caça e negócio (caça light) que a mim me custa defini-los como outro caçador.
São mais como ganadeiros, já que o seu negócio é exercido em pequenas áreas completamente vedadas e em geral eletrificadas, os ranchos, para que nenhum dos animais que criam se possa evadir.
Esses rancheiros, para mim, domadores/coletores pois domesticam e matam a caça como de vacas se tratasse, são provavelmente os únicos matadores bem aceites por esses pezudos cientistas, como se tratasse de novos caçadores/conservacionistas, por serem com certeza algo bem diferente daquilo que venho a dizer que os “verdes” odeiam; um caçador…considerando novamente a definição do Conde de Yebe sobre caça justa: predador e presa a disputarem as suas diferentes capacidades em liberdade.
Estava a dizer que esses rancheiros tentam-nos convencer que tudo num rancho é e está como se de animais selvagens e seus habitats se tratasse quando aí se caça.
Querem aplausos por gastarem quantias importantes de dinheiro nessas vedações elétricas que levantam á volta desses seus grandes jardins de dez a vinte mil hectares, ou até mais, conforme o “lobby” de que dispõem, os quais não lhes custa dinheiro e nos piores dos casos como na Zâmbia por exemplo, serão deles por noventa e nove anos, aonde a única coisa que não lhes deveria ser permitido fazer, seria caçar.
Pois bem, são e aplaudidos e também são autorizados a fazer as suas próprias cotas de abate e negócio com todos os produtos da caça, incluindo o da carne, que o caçador profissional renunciou desde há cinquenta anos, passando a distribuir grátis por todas as povoações da sua área, por motivos de simples humanidade e estreitamento das relações com o indígena, o ex-dono dessa caça.
Como se todas essas prorrogativas não bastassem, em alguns países também estão autorizados a abater grátis qualquer espécie de animal daninho ao seu negócio, como Leopardos, Caracais, etc., ….ou que não lhe entre um elefante pela farme a destruir-lhes as papaieiras do seu jardinzão, ou até mesmo um furtivo, pois serão recebidos como se num lar tivessem entrado: abatidos em nome da Conservação.
Deste modo, o negócio torna-se tão lucrativo que até algum presidente do país investe em “farming”, como é o caso de sua Excelência Ian Khama, o presidente da Botswana, proprietário dos ranchos mais importantes no seu País e aonde decorrem programas de introdução do Rinoceronte Branco, animal este, como o Rinoceronte Negro, são hoje em dia muito convenientes aos rancheiros, porque para além das fotografias que lhe podem sacar durante os safaris fotográficos, são também usados, para quando ocasionalmente tem que justificar algum tiro que pregaram nas costas de um furtivo.
Um dia comentando sobre caça e conservação com um rancheiro que predica o sistema de rancho como única via segura do futuro da caça e conservação das espécies em África, ele perguntou-me o que teria sido do Rinoceronte Branco, se não tivesse sido salvo de extinção através do “farming” na África do Sul.
Ora bem, em África é comum, por qualquer que seja a razão, que as espécies de animais que sofreram pressões dalgum tipo e os respetivos governos decidiram dar-lhes super proteção, ao ponto de até proibir a sua caça legal e sob qualquer circunstância, como se se tratassem de filhos menos dotados que os outros, todos esses animais passaram dramaticamente às vias de extinção, como no caso dos Rinocerontes Branco e Negro e até mesmo o Elefante em alguns casos.
Respondi a esse rancheiro, que obviamente tem um rancho na África do Sul, que o Rinoceronte Branco de que ele falava, já não representa em quase nada um verdadeiro Rino dessa espécie, pois é um animal que hoje por hoje, só conhece um tipo de predador, o seu próprio amo, que mantém esse negócio de especulação, em matá-lo em nome da caça rara.
São animais que com certeza não sobreviverão nem á picada de uma mosca tsé-tsé e ao contrário do que esse rancheiro possa pensar, ainda existem Rinocerontes Brancos em liberdade, pelo menos, e digo com conhecimento de causa, no Sudão e no Zimbabwe.
No Kénia, ainda que o governo venha de certa maneira perdendo terreno na luta contra o furtivo, também foi preservado até hoje, a existência do Rinoceronte Negro no seu próprio habitat, o que prova que a conservação das espécies em vias de extinção, não tem que necessariamente ser feita em ranchos eletrificados.
No caso dos Elefantes, que não lhes cabe nesses ranchos, tem-se protegido e conservado em todos os lados fora dos arames elétricos, embora que com mais sucesso nuns países que outros e eu concluo, que os de maior sucesso, foram aonde nunca se proibiu a caça legal deste paquiderme….mais ainda, é que nos países aonde a caça legal não foi proibida, os índices das suas populações nunca chegaram a ser dramáticos, pois o caçador foi o único que escolheu dar todo o seu tempo, meios e disponibilidade àquilo que ama – os animais!

Pobre animal selvagem, quando essa gente nos poder convencer a todos que o que fazem é o mais aceitável dentro da caça e sua conservação.
Os animais selvagens mostram-nos frequentemente como lutam e por vezes até se matam pelo território.
Não consigo imaginar a frustração desses animais que vivem dentro desses jardins eletrificados, sujeitos a todo o tipo de madurezas do seu amo, que pode matá-lo quando queira, exportá-lo vivo para qualquer sítio do Planeta, ou acomodar outros animais que ele desconhece e que o seu amo chama-lhes “Exóticos”.
São animais selvagens no purgatório antes de se tornarem mansos.

Se todo o dinheiro gasto nesses pequenos grandes jardins paraísos, capturando e transportando animais duns sítios para outros, vedações elétricas, contagens aéreas desperdiçadas, cientistas no terreno a estudarem como guardar combustível nos acampamentos de turismo, ou o que fazer com o lixo e como fazer menos ruídos com os geradores, etc., etc., …uma “chorrada de poñetas” como diz o espanhol, esse dinheiro fosse investido em cada um dos habitats e povoações cerca dos animais que eles dizem querer salvar, com certeza que estariam os animais muito melhor de saúde e bem salvaguardados por muitos séculos mais, do que levá-los de África ou da Ásia para a América e tratá-los como “Exóticos”.
Um insulto ao que é belo e selvagem.
É como alguém que cresceu e foi educado e treinado para viver no seu País, ter que viver noutro e pensar-se que o problema foi resolvido por chamarem-lhe, Refugiado.
Os animais selvagens já passaram por outros maus tempos como quando os milicianos marinheiros durante a descoberta do Mundo os levavam dum sítio para outro para os exibir; durante a construção das linhas dos caminhos-de- ferro foram abusados quer por se considerarem contra procedentes á rapidez das suas construções, como nos casos contados de leões comedores de homens, quer para se alimentar centos de trabalhadores desses mega empreendimentos e assim nasce o caçador profissional de carne e marfim, o furtivo comercial, etc….Infelizmente agora é essa captura para talvez uma globalização das espécies, que também se tornou moda, negócio e votos para ajudar a ganhar eleições, mas o que é triste e periga a sobrevivência dos animais selvagens é que desta vez faz-se-lhe mal, em nome da Conservação!
Quando eles os tiverem a todos no Texas-U.S. A., que nos levará a visitar os desertos do Sahara ou Kalahari, os pântanos do Nilo, as florestas da Amazónia ou do Zaire?

Deus só mandou construir uma Arca, a de Noé e foi para destruir todo o resto!
Pergunto se será para o mesmo, que se volta agora a construir esses jardins paraísos, longe da catástrofe que está para acontecer?
Decisões Governamentais!

Infelizmente, nós (caçadores profissionais) também temos andado a fazer mal à caça, com o nosso excesso de vaidade e até egoísmo.
Reconheço, que nestes tempos de crises constantes, quer sejam económicas ou políticas, é quase impossível conseguir-se viver apenas como caçador-guia profissional, a quem já não é, que os governos concedem as áreas de caça, o que forçou muitos de nós a exercer outras profissões, entre elas e porque não, a de Rancheiro, que como já disse, está muito bem vista… e então vale tudo!
Aceitamos que se chame caçador a tudo e todos; Permitimos os registos dos seus abates, como recordes de caça, nos nossos livros; Escrevemos negativamente sobre a existência da caça que praticamos, nesses artigos cheios de vaidade, dizendo, que antes e com respeito à caça, vivemos paraísos perdidos… mas eu digo, que ainda os há e bastantes!
É hoje e não quando eu era menino, que Elefantes, Leões, Leopardos, Hienas e o que mais quiserem, me entram pelo acampamento todas as noites, a tal ponto, que ao caçador visitante lhe parece um pesadelo… alguns desses senhores, safaristas desde há 40 anos, que hoje se escandalizam a ver como diariamente os elefantes nos rompem as paredes de palha, que em geral levantamos como demarcação ou proteção dos nossos acampamentos e que nos despertam, ao tentarem comer uma dúzia de sementes das árvores proibidas, que se encontram encostadas às nossas cabanas.
Acrescento ainda e sem querer assustar ninguém, que hoje e não quando eu era menino, aquele que saia à noite do seu quarto para ir à casa de jantar, de variadíssimos acampamentos de caça espalhados por toda a África, expõe-se naturalmente a altos riscos… até de vida!
Não será por haver pouca caça, que ainda existe por todos os lados, conflitos entre o homem e os animais.
Deixemos de ridicularizar desnecessariamente, nos nossos contos de caça, os nossos clientes e pisteiros, pois são eles os nossos únicos aliados incondicionais na continuação da Caça, que é e sempre foi, indispensável a uma boa conservação.

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