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AO FUNDO, JÁ HÁ PELO MENOS UMA LUZ
Em quase todas as minhas páginas da web e em particular na de Caça e Conservação, venho informando que a Caça tem vindo a degradar-se, não só pela propaganda exercida pelos grupos anti caça, mas também pela incompetência crónica dos Departamentos, Clubes e Associações de Caça.
Os contratos da exploração das áreas de caça são cada vez mais curtos, entregues a quem os mandatários pensam que têm poder económico suficiente para as trabalhar (comerciantes abastados, políticos e seus amigos, ou estrangeiros que dizem andar por aí a salvar a fauna de outros) e não aquele que dispõem de tudo que tem, incluindo o tempo e vontade, como era quando este tipo de gerência da Fauna se iniciou; o “Safari” e o “ Caçador/Outfitter”.
Tomo a Zambia claro, como exemplo e como por Ela, a gerência da Caça se vem degradando desde que aqui aterrei (1987), quando se acabavam com os Caçadores/Outfitters, substituídos por magnatas que dispunham de grandes influências política (como um tal Lee Clark) e entre as agências de venda da caça, que também proliferavam sem controlo. Clientes que se tornavam agentes e agentes que se tornavam caçador-guia profissionais.
Dez anos serão muitos, os que hoje os Outfitters de Caça conseguem durante os leilões das áreas de caça deste País, o que é tão pouco para conservá-las, e que por isso mais tarde eles tentam reganhá-las e nunca aconteceu, nem mesmo cumprindo com todas as ofertas de desenvolvimento a que se tenha comprometido durante os leilões.
São critérios do Departamento que regula a Caça e eu digo, que será difícil terem outro critério mais anti conservação, como os que veem aplicando.
Somos regulados por gente anti Caça ou gente paga para o ser. Paga para fazer que a indústria da Caça perca terreno para todos esses novos métodos de Eco Turismo. Gente que no fundo lhes basta continuar a recrear-se com o nu dos Bushman, Masai ou os pigmeus das florestas. Civilizados? …Só eles com seus “Ipad and pod” de 15 ou mais, Mega Pixéis.
Depois de nos darem os contratos mais curtos, de entre todos os outros tipos de exploração do turismo, comparam-nos aos outros Outfitters de fincas vedadas (os que nós caçadores aceitámos como outro Safari Outfitters), que operam no que serão “DÊLES” por 99 anos. Gente controversamente muito bem aceite pela sociedade da Conservação, ou até em geral! Donos de muitas dezenas de milhares de hectares de terra, nesta África moderna que quer falar da redistribuição da Terra.O negócio é tão bom que até algum Presidente se torna Safari/Outfitter.
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”…. Dizia eu noutras páginas da web, que ou os Outfitters ou os caçadores guias profissionais aclaravam o que realmente era um Safari/Outfitter ou teriam brevemente de mudar de vida, ou de nome!
“Ao Fundo Há Pelo Menos Uma Luz”
Um Rancho de Caça sem vedação. Será o terceiro desse género, aqui na Zambia e todos cheios de êxito.
Ao Governo soa-lhe bem saber que controla a quota de abate anual dos animais, por o Rancho não ser vedado, mas por outro lado, este Outfitter readquire na minha opinião, tudo o que se tem vindo a perder da essência da Conservação através da Caça, nas áreas que foram outrora demarcadas para isso e denominadas de GMA (Game Management Area). Para bem ou para mal, tornaram-se parte do mapa da Zambia e a única expressão de Caça-Turismo no País.
Com tais contratos, montões de obrigações únicas entre a gente do Turismo, para com as comunidades, as distribuições da quota dos animais, como alguém se referiu a elas numa reunião com o Ministro, de “uma anedota científica”, … que é! Eu digo que tem sido mau para a Caça.… Mas ao fundo aparecem uns Ranchos de Caça sem vedações e será difícil, que algum outro modo de Turismo consiga conservar a sua Fauna, como a destas áreas serão… e o tempo dirá!
Noutras páginas, já tentei diferenciar certos tipos de caçadores/Outfitters e desde que vi o filme “The Lion King”, que me foi apresentado por um dos meus filhos, gosto de usar a expressão “Outlanders” para me referir ao que considero ser um caçador no verdadeiro sentido da palavra, aquele que tinha quando esta profissão nasceu. “Outlanders” também se ajusta até mesmo estando-me a referir aos animais.
Como com os ranchos cerrados, estes serão desses caçadores por 99 anos e o Departamento não poderá enviar caçadores-residentes para aí caçar, por se tratar de terra privada, tornando-se assim na minha opinião, num dos mais modernos e eficazes modos de Caça,… moderna? Não passa dum tipo de GMA aonde só o caçador (Outlanders) tem a ver com a gerência da sua Conservação e só lá caça, quem esse dono quiser, durante os próximos 99 anos.
Tiro o chapéu a quem o inventou e considero-me abençoado por estar incorporado na criação do terceiro rancho deste género, na Zambia, aonde toda a essência da Caça parecia estar perdendo-se.
“A LUTA CONTINUA, A VITÓRIA É CERTA”

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