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SAFARI OUTFITTER

Nesta página descrevo sobre o que penso e como apareceu o Organizador de Safaris e no que se tem vindo a tornar, que na minha modesta opinião e tentando não ser influenciado por saudosismos, tem-se distanciado dos seus primeiros e nobres propósitos, para pior da Industria Cinegética.

ORGANIZADOR DE SAFARIS-“SAFARI OUTFITTER”

Ironicamente hoje, num mundo cheio de precisas definições para tudo, chamam em inglês a um organizador de safaris, “Safari Outfitter”.
 

Primeiro, “Outfitter” só significa ou significava, vendedor de roupas para homens. Segundo e inexplicavelmente, o mesmo nome é dado hoje a qualquer tipo de organizador de safaris, quer seja em concessões oficiais de caça, áreas livres, ranchos vedados, ou até mesmo às excursões fotográficas em Parques Nacionais, o que sendo tão diferente uns dos outros e contudo parece que a ninguém lhe importe.
 

Atenção, que para o que aqui me interessa, é falar sobre o Organizador de Safaris de caça, caça e repito a palavra, pois só dizendo-a uma vez, o leitor pode ainda confundir-se com aqueles que organizam abates de animais semi-selvagens em quintas de caça, sobre as quais também falarei mais adiante, pois opino serem entre todos os outros, quem mais beneficiam, por se chamarem também “Safari Outfitters”, sob a indiferencia generalizada já mencionada.
 

Ao princípio eram quase todos aqueles que tinham cambiado as suas vidas de caçador profissional (carne ou marfim) para servirem como guias de caça, o que em minha opinião foi dignificar o caçador profissional do século passado.
Digo dignificar dentro do conceito de que em África só terá sido possível ao homem branco tornar-se caçador profissional e posteriormente Outfitter, porque se vivia nessa altura no Continente, sob um regime colonial e por sinal abusador, pois começar profissionalmente a caçar o que em África se encontrou e depois até organizar safaris para estrangeiros experimentarem a magia da Caça do Continente, só foi possível, abusando da caça que pertencia com certeza a gente que nessa altura não tinha voto.
Do mal, menos mal, que mudando-se os tempos e as vontades, tornava-se mais aceitável e útil à sociedade, que o caçador profissional fosse remunerado por guiar turismo-caça, do que por ele mesmo caçar.
Há realmente males que vêm por bem e um deles foram essas atitudes arrogantes do colonialismo, que criaram condições para se adaptar a caça ao que chamamos safaris, que por sinal dava resultados bem positivos, proporcionando consideráveis divisas e benefícios a cada um dos países que a têm e a oficializaram, como para turismo de desporto de alto nível, mas que por ter raízes coloniais e consequentemente difícil aos novos governos da África livre acomodar-se-lhe, tem-se vindo a degradar.

 

A Caça sempre teve donos e serão outras histórias, as que nos dirão como todas essas áreas que hoje se caçam, foram primeiro desapropriadas e a quem, mas também é justo reconhecer, que foi para bem da caça e que foram com certeza esses caçadores profissionais quem primeiro a comercializaram e só por isso basta, entre uma lista sem fim de benefícios que esta nova profissão proporciona aos países e suas comunidades, não devendo poder ser só por ter sido criado durante o tempo colonial, razão para que lhe seja renegado o devido direito de continuidade, que eu digo ser, da preservação digna da Caça através de turismo de alto desporto.
Proporcionam emprego a gente, que vivendo nos sítios mais remotos, não têm nenhum outro tipo de ingressos.
Distribuem a carne da caça entre as povoações, pequenos hospitais e escolas locais.
Facilitam-lhes transporte e medicamentos básicos.
Protegem a caça e trabalham as áreas, quer criando poços de água artificiais, salinas, etc. …. Para melhorar a vivência da fauna e consequentemente a sua reprodução.
Por encima de tudo e como já foi dito, deram continuação nobre à Caça, que sendo a mais antiga e comum das tradições da Humanidade, deve a todo o custo ser preservada.
Será justo acrescentar que mesmo tendo-se aproveitado dum período negativo da história de África, não terá sido fácil a esses caçadores profissionais, tornarem-se guias e organizadores de safaris.
Das raízes da sua caça profissional, criava-se duas novas profissões: a de caçador-guia e a de organizador de safaris, o “Safari Outfitter”.

 

Um guia com imensa experiência pessoal de caça, por antes ter sido caçador profissional, o qual agora e cada vez mais com o decorrer do tempo, vão sendo outros que caçaram menos, que muitos dos caçadores clientes que recebem, pois hoje a caça é paga por todos e cada vez se torna mais cara, já sem mencionar, que em alguns países até se tornou proibido aos residentes, caçarem certas espécies como o Leão e Leopardo entre outros e que a meu ver, seria imprescindível para eles adquirirem o mínimo de experiência real na caça de alto risco.
 

… E um Organizador de Safaris, que nessa altura eram em grande parte, esse que também tendo sido caçador profissional, tinha outras capacidades necessárias para se tornarem patrões organizadores e até agentes de caça.
 

Com apreciado engenho construíram os primeiros acampamentos de caça turísticos e sobrava-lhes estamina para andarem pelo Mundo a vender os seus primeiros safaris. Vender Caça! Coisas que hoje ocupam o tempo inteiro dum bom agente de viagens de caça.
 

Sendo ao princípio duas profissões quase iguais, pois cada um deles era as duas coisas, com os tempos foram-se distanciando uma da outra e hoje são poucos os que conseguem ou querem ser as duas coisas, por todos os riscos e imprevistos, que este modo de estar na vida acarreta.
Hoje chama-se caçador profissional ao guia de caça e o Outfitter, cada vez mais, é alguém que pouco ou nada tem com ser guia, o que em minha opinião é uma das más direcções por onde está a ser levada esta nova indústria.

 

Não há constância de que esses caçadores profissionais em geral, se tenham tornado ricos e quando tal modo de vida chamou a atenção Internacional como sendo de maus modos coloniais e eles transformaram-se em guias de caça turísticos, obviamente operando companhias modestas, iriam pouco a pouco ser obrigados a associarem-se uns aos outros e mais tarde, até venderem-se a outras companhias ou personalidades financiadoras, que não tendo raízes na caça, só a vêm como mais um pequeno membro do Turismo.

Outra má direcção por onde foi levada a Indústria, foi ter-se trespassado a responsabilidade da sua regulamentação, do Ministério de Agricultura, Florestas e Fauna Bravia, para o Ministério de Turismo, só porque os caçadores também são turistas e tal decisão deveria ser urgentemente reconsiderada.
O Turismo sempre foi um gigante e por tal, nunca conseguiu articular bem este pequeno membro do seu imenso ser; a Caça.
Na Zâmbia, aonde estou agora, assim como em toda a África Austral, o Ministro do Turismo também é responsável pelo meio-ambiente e florestas, como se só Turismo não lhe bastasse.
Turismo é muita coisa e quem são os guias profissionais do que seja (caça, pesca, autocarros, etc.) para opinarem a quem decide no País, Turismo? Antes deles ainda se encontram os Outfitters, seus patrões, que em muitos casos são comerciantes abastados, que com o poder local de que gozam, conseguem adquirir concessões de caça nas melhores coutadas do país; contudo carecendo de status internacional, subarrendam essas coutadas a todo o tipo de pseudo caçadores guias profissionais, que deambulam por África como “free lancers” e que só entram e saiam dessas áreas de caça acompanhados dos clientes, consequentemente não fazendo nada por elas, excepto bicá-las.
Aos tais patrões basta-lhes com adquirir uns dólares para os enviarem para as suas contas bancárias secretas, pois moeda do País onde operam, têm esses comerciantes mais do que suficiente para criar essas pequenas ridículas companhias de hoje, criadas pela incompetência e prepotência do Ministério do Turismo.

 

Ao princípio, a comercialização da caça foi autorizada porque entre outros motivos já mencionados, este negócio seria praticado em áreas remotas do País, donde os governos não recebiam nenhum tipo de ingressos, ou ainda em muitos casos, situadas em zonas fronteiriças com países vizinhos em guerra e que portanto aos governos convinha-lhes manter quem quer que fosse como seus olhos e ouvidos sobre tais áreas e respectivas comunidades.
 

Com quase todas as independências dadas à força, transformando quase todos esses guias profissionais em emigrantes algures aonde pudessem continuar a caçar, a política da redistribuição da terra, que entre outras consequências aumentou também a fricção entre a caça, agricultura, cortes de madeira, etc. …fazem os novos governos concederem cada vez menos anos de contrato de concessões de caça, sob divisão das áreas de caça, “joint ventures” quase obrigatórios, etc. …provocando assim uma degradação sistemática da Industria, pois o pouco que alguém justificadamente invista, deve de ser recuperado em pouco tempo, já sem mencionar, que por experiência, é quase certo que não conseguirá obter a mesma área no próximo leilão e então vale tudo, até vender o último animal de qualquer espécie como fruta da época.
 

Se já disse que há males que vêm por bem, justificando como o colonialismo possibilitou a criação deste modo de vida, que tantos benefícios pode proporcionar aos países e comunidades aonde existe caça, também devo dizer, que há bens que vêm por mal e neste caso refiro-me, que sendo através desta profissão que chega a esses países o turista de mais alto nível, o que consequentemente justificou o trespasse desta Indústria para o Ministério do Turismo, foi simplesmente catastrófica tal medida, pois esse Ministério não está, nem estará à altura para a regular.
Ainda que tivéssemos que pagar anualmente uma licença de turismo, quiséramos voltar a ser regulados por um Ministério mais modesto e com mais tempo e conhecimentos para nos dar.
Se ainda estamos a tempo de corrigir o que foi mal feito, será dever do Outfitter começar por exigir das suas associações e clubes de caça, que proclamam a preservação da caça e protecção do caçador, que deixem de perder tempo a enganar-nos com éticas e reprovações do que somos, para dar show a quem não gosta da caça, pois com isso só lhes ajudamos a atingirem os seus fins… Erradicar-nos.
Em minha modesta opinião de Outfitter que também sou, deveríamos dirigir todas as nossas energias para conseguirmos o divórcio do Ministério do Turismo, que é a principal falta de idoneidade da Indústria.
São eles que não nos devolvem o respeito que uma vez as sociedades e os governos tiveram por nós e cada vez que podem diminuem-nos e até nos desprezam, como por exemplo na Zâmbia e durante os exames ou entrevistas anuais, como lhe quiserem chamar, a que estão sujeitos os caçadores guias profissionais, onde têm que satisfazer um painel de gente, que à excepção do representante do nosso departamento oficial, não têm nada que ver com a caça profissional.
Depois de esse painel decidir que nos deixará operar por um ano mais, passam-nos facturas de todo tipo.
Licença anual de Turismo desde US$ 1500 a US$ 3000.
Licença de caçador profissional que varia também com o estatuto de cada um e que oscila entre US$ 1000 a US$ 6000.
Um depósito de US$ 12 500 só reembolsado no final de cada época de caça, sem nos pagarem qualquer tipo de interesses, para garantir que os nossos clientes pagarão as taxas de abate dos animais caçados, 72 horas após o final dos seus safaris. Esta última lei, apesar de ter sido apresentada como condição durante o leilão das áreas e para durar os dez anos dos contratos concedidos, sofre quase anualmente novas alterações e sempre para pior. Agora mesmo, passados seis anos do início, o Departamento de Caça que está sempre aflito economicamente, exige, depois de umas longas discussões, que se lhes pague 60% do total da quota de animais que distribui anualmente a cada um dos Outfitters. Queriam 100%.
Obrigam-nos também a pagar salários e pensão completa todo o ano, a pelo menos 15 guardas de caça, sem querer saber, que os nossos próprios empregados, os que realmente formam as companhias, só recebem de cinco a seis meses do ano, durante a época de caça, etc. … Um sem fim de obrigações, que nem Outfitters nem associações de qualquer tipo tentam denunciar, como se nós e esta profissão merecêssemos toda essa pressão, que só levará a caça a ser entregue àqueles que não necessitam dela.

 

A Caça, por ser praticada pelo turista de alto nível, não tem necessariamente que ser regulada pelo Ministério de Turismo e os exemplos abundam.
No Zimbabwe, a caça é administrada pelo Ministério de Turismo, o de Florestas e as Comunas, dependendo da zona aonde se encontra caça a níveis comerciais e tal sistema já provou funcional.
No Sudão, aonde trabalhei entre 1976-1986, ainda que a Indústria da caça estivesse integrada ao “ Hotels and Tourism Corporation”, um anexo do Ministério do Turismo, era por outro lado, regulada e controlada por dois distintos directores; o do Turismo e o da Fauna Bravia e tal sistema também provou funcional.
Em Moçambique, aonde até há muito pouco tempo (2002), a caça foi regulada pelo Ministério da Agricultura, Florestas e Fauna Bravia, a Indústria funcionava tão bem, que depois de mais de 25 anos de inactividade, a Indústria reabriu ainda actualizada, para agora e desgraçadamente influenciada por seus vizinhos, trespassarem-na para o Ministério do Turismo. Espero ser eu que me equivoco!
Outros dos grandes desafios com que a comercialização legal da caça e portanto Outfitters e o Ministério responsável se confrontam, são os furtivos que sempre existiram, mas que quando se desapropriou a caça a quem antes a regulava e protegia, Reis e gran-chefes, tornou-se dum só golpe, todas aquelas povoações rurais afectadas, em novos e potenciais furtivos, pois foram com certeza intencionalmente ignorados pelos seus furiosos chefes que antes os controlavam, como reacção de tal injusta decisão colonial. Como mesmo com as independências, nada até hoje mudou em relação ao poder de tais chefes sobre os direitos da caça, criou-se as condições para o aparecer do pior tipo de furtivo; o Comercial.

 

Experimentado todos os métodos possíveis anti-furtivos e não obtendo resultados positivos, começa-se a reconhecer o desastroso que foi tal desapropriação e tenta-se corrigir, prometendo dividir com tais comunidades e seus chefes, que vivem nas áreas aonde há caça, uma fatia dos benefícios económicos que esta realmente produz através dos Outfitters e caçadores guias profissionais, pois para tais comunidades roubadas do seu direito à caça, é-lhes difícil entender, porque é que lhes pedem e obrigam que sejam eles os olhos e ouvidos de quem quer que seja contra o furtivo, que por sinal lhes dá montes de carne e por encima lhes extermina com aquilo que lhes trás tantas vezes desgraça às suas famílias, gado e agricultura; a Fauna Bravia, que normalmente se torna arrogante, sempre que goza de não ser molestada.
 

Agora é-lhes prometido usar tais benefícios criados pelo Turismo Caça, no desenvolvimento das suas comunas, construindo-lhes poços de água, escolas, clínicas, etc.
Na Zâmbia aonde durante os primeiros dez anos de tais boas intenções nada ou quase nada mudou em relação ao bem-estar dessas comunidades, faz-me meditar; Estará o Ministério do Turismo realmente interessado nesse projecto de desenvolvimento? Ou estará ele mais interessado em desenvolver outro tipo de turismo mais recente; o Eco-Turismo, que tem atraído tanta gente, que do que gosta, é de ver elefantes a comer bananas das mãos de uma velhinha, ou fotografarem-se com os primitivos Bushman, Masai ou um pigmeu das florestas equatoriais, que já no século XXI, ainda vivem quase nus?

 

È um facto, que se o Ministro de Turismo não tem porque saber sobre vacas, como vai ele saber, se a preservação da Caça deveria ser feita no seu próprio habitats, ou nesses novos ranchos vedados, tão lastimavelmente reconhecidos por ignorantes, como notáveis exemplos de conservação, aonde tudo o que realmente se faz é obrigarem a Fauna Bravia a estar e comportar-se nesses enormes jardins paraísos, como o Deus-Homem quer, por meio de choques eléctricos.
 

A Caça sempre e até hoje foi preservada e conservada nos seus próprios habitats naturais pelo caçador e se por algum instante o caçador/Outfitter de hoje pensa que tais rancheiros inventaram uma melhor formula, então sim, a Caça terá os dias contados, como nos vêm avisando há já um século, todos esses legendários caçadores do princípio do século passado, só que eles se referiam aos furtivos e não às suas próprias capacidades de conservacionista.
Desde então, duma maneira ou doutra, passou-se mais de meio século sem rancheiros e a Caça continuava de boa saúde.

 

É dever do verdadeiro organizador de safaris manter a Caça como um privilégio, que beneficie a todos que vivem aonde a Caça existe, como esses primeiros Outfitters a transformaram e para bem como já disse.
 

Por outro lado, como se pode confiar a continuidade da Caça a um rancheiro, sendo este tão oposto ao que hoje se entende que deve ser feito, como envolver a comunidade local na defesa da sua fauna e em troca dividir com eles certos benefícios criados através da Caça Turismo, distribuindo gratuitamente a carne dos animais abatidos, por exemplo! Entregar-lhes parte do dinheiro gerado com o abate de animais das suas áreas. Criar emprego local. Facilitar-lhes transporte em casos de emergência, etc.
O rancheiro vende todos os produtos da sua caça; cornos peles e carne… dar, só aos crocodilos, que algumas vezes também cria para o aproveitamento a seu favor, da carne que dispõe em demasia.
Não paga a ninguém os animais que mata e matará alguém, homem ou animal, que salte para dentro da sua vedação, construída pela comunidade local, quando ainda acreditavam que lhes traziam trabalho e desenvolvimento.

 

O verdadeiro caçador tenta criar nas suas áreas as condições necessárias para a caça permanecer nela; o rancheiro veda e electrifica a sua, para que a caça não tenha outro remédio!
A esses novos admiráveis conservacionistas dão-lhes áreas enormes para toda a vida ou, no pior dos casos como na Zâmbia, por 99 anos. Ao clássico Safari Outfitter dão-lhe como muito 10 anos e prometem-lhe renovação do contracto, se cumprir com todas as regras impostas, coisa que nunca testemunhei acontecer com quem quer que fosse, durante os três leilões a que concorri. Pelo contrário, o departamento de caça ou quem quer que seja, que controla a distribuição das áreas, faz gala em não deixar ficar ninguém na mesma área. Não consigo imaginar nenhuma outra medida, que seja mais anti-conservação da fauna de cada uma das áreas de caça.

 

Quando acontece algum escândalo com a fauna, mesmo que seja provocada por furtivos, ou com algum rancheiro que foi apanhado a matar leões previamente drogados e o Ministro do Turismo não pode com o que tem nas mãos, é sempre o verdadeiro Outfitter e os seus clientes quem pagam as favas, pois os outros são intocáveis; uns por não se saber quem são e os outros por se lhes ter permitido chamarem lar a esses pequenos territórios vedados e propriedade privada a tudo que se encontre dentro deles.
São inumeráveis as diferenças que caracterizam uns e os outros, assim como os seus negócios, mas contudo dá-se-lhes o mesmo nome e a taça de caçador conservador aos rancheiros.
Deveras me surpreende, que nem as Associações, quer de Caçadores Guias quer de Organizadores de safaris, ou Clubes de Caça, mostram a mais mínima intenção de discutir este tema.
Poderá ser, só por não perder os dólares de alguns daqueles dos seus membros, que também por conveniência ainda não formaram as suas próprias Associações e Clubes?
Eu nos seus sapatos e enquanto me considerassem uma eminência da conservação moderna, também só quereria estar camuflado de Caçador/Organizador de Safaris!
Separando-se, correm o risco de serem notados, como um Clube de Arcas, como a de Noé!
Opino que tais rancheiros não passam de colectores de animais exóticos, pois para haver Caça, já alguém nos disse e muito bem, que caçador e presa devem de disputar os seus diferentes instintos, Livremente….

 

Se os rancheiros pensam que venceram, por terem salvado o Rinoceronte Branco com arames, não me convenceram, que só havia essa solução, pois se até hoje se pôde salvar Elefantes sem arames, poder-se-á salvar qualquer outro animal; só é uma questão de políticas!
Se ao período de tempo que se está num rancho vedado a colectar espécies diferentes de animais, chamam-lhe “safari”, deveríamos de acrescentar-lhe, nestes tempos de tantas definições, a palavra “Light”, pois como um amigo, com ideias comuns, me disse uma vez, “… o maior risco que se corre durante esses “Safari-Light”, são as baixadas e subidas ao carro, aonde acidentalmente se pode torcer um tornozelo.

 

Uma das duas palavras – “Safari” e “Outfitter”, necessita urgentemente de reparo, pois chamar as duas coisas a tudo é política, mas não é de Caça!
Para bem da continuidade do Outfitter da verdadeira Caça, será altura de começar a exigir às suas Associações e Clubes de Caça, que efectivamente foram formadas por eles e não pelos rancheiros, que comecem a comportar-se mais como oposição saudável aos governos, do que ser apenas um “sim Senhor Ministro”, pois deveriam ser Elas a definir os diferentes tipos de caça e não ao revés.

 

Hoje nota-se facilmente, que até os Outfitters gozam de menos respeito por parte dos governos, que aqueles pioneiros que inventaram oficializar esta profissão.
Quando numa linda manhã do ano 2001, o Presidente da Zâmbia decidiu a solo cerrar por um ano, que durou dois e meio, as actividades desta profissão, ninguém abriu a boca para dizer nada a seu favor e ao Presidente.
Isto num País hipoteticamente democrático.
Teriam-no feito com certeza, se fossemos um grupo de varredores de ruas… assim vai a profissão!

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